de razão invasivas
que lhe dilacera a alma
palpita exposição inegável
Explosões de mil ogivas.
rasga-lhe a pele e apela
sufoca, reprime, assusta
medo, sensação de imperfeito
fraco, sujo, tremulante sujeito
preto e branco, muda aquarela.
Medo que lhe imprime
todos os seus defeitos
no papel de culpado
julgando por todos os efeitos
seu mais sigiloso crime.
Medo que mesmo
rápido e ligeiro
permuta sensação
de angustia
solidão, medo.
Medo que destrói
e fortifica suas muralhas
limita-lhe e incentiva
a percorrer novas estradas.
Medo, medo, medo
de todos os mais sincero
a todos os mais perverso
em todos, o mais profundo segredo.
E você de quê tem medo?
Diego Anderson M'M'