28 de outubro de 2013

Das madrugadas

Nas madrugadas da alma que o sol se faz poente
fim de tarde, descanso livre, eloquente.
Nas manhãs que o tempo me permiti
seguir a vida sem nenhum limite
Visualizar nas noites o mundo de gente
que almejam mentes pensantes, corpos viventes
alguns amantes, outros meros errantes
Numa sociedade frívola eminente
de cavalos sem dentes, cinema mudo
não pare, não pense, viva rebeldia
siga rumo, engula inventos
digira cumprimentos
E cague tudo! Em formato de poesia.

Diego Anderson M'M'

27 de outubro de 2013

Vende-se

Vende-se porções de amor
um tantinho assim
que cabe na palma da mão
e funcionam mesmo
não trazem dor
não tem contra indicação
deve-se tomar todo dia
cultivar como um jardim
aquele à quem se quer bem
e talvez quem diria
que até depois do fim
pode-se amar o mesmo alguém.

Diego Anderson M'M'

1 de outubro de 2013

Vida

Não é um banquete platônico, pois a carne é fraca e está bem servida aos que salivam. Longe da pureza, os movimentos desarmônicos provocam sudorese, e a explosão de feromônios materializam a tentação em sua mais viril forma. Aniquilando qualquer sentimento mais nobre, sucumbindo a existência humana ao tato físico, dando jus ao adjetivo de mundana e distanciando-nos da essência de que tanto usamos para justificar nossa superioridade evolutiva: a alma. No ponto somos todos animais guiados pelo único extinto verdadeiro que rege todos os outros: sobrevivência.

Diego Anderson M'M'