25 de dezembro de 2012

Jás no estômago aquelas borboletas

As borboletas que haviam
quando você surgia, morreram.
Foram digeridas pelo suco gástrico.
Aquelas mesmas que antes me deixavam nervoso
provocavam aquela coceirinha, alvoroço...
Todas morreram e não mais existem
outrora bem que diria: fim trágico.
Todavia não, elas tinham que morrer mesmo
desaparecer, deixar meu sistema funcionar
o coração bater e a cabeça colocar-se no seu devido lugar.

Diego Anderson M'M'

2 de novembro de 2012

Derrama sobre mim essa noite silenciosa

Não há mais o que derramar
lágrimas, sangue
nada será como antes.

As escolhas foram feitas
e não foram as melhores
choram as vozes
melodias imperfeitas.

A alma trincada, culpada
e fardada com razão
a viver em solidão
devido infeliz noitada.

Os erros foram tatuados
na alma, eternizados
O preço pago foi alto
o prejuízo enorme dos atos.

Segue-se o caminho
destroce-se o ninho
amizade decapitada
luz apagada, mais uma noite
mais um adeus.


Diego Anderson M'M'

26 de outubro de 2012

Fardado a ti


Segui sozinho até onde dava
subi montanhas, atravessei mares
abriguei-me em tantos lares
na esperança de lhe encontrar.

Estou demasiadamente cansado
por diversas vezes maltratado
não há mais lágrimas, sequer sangue
mas segui até ti, sempre adiante.

Penso onde estarás agora
será que me procuras?
Em meio há tantas ruas escuras
pessoas sem rosto, peles cruas.
Um dia lhe reencontrarei,
e então permanecerei.

Diego Anderson M'M'

22 de setembro de 2012

Te sonhei


Os olhos pesando, lentamente o sono me abraça
envolve-me com uma leve sutileza
me desarruma a paz, me amassa
droga-me a mente, cega-me a clareza
o errado se torna certo, erros e méritos.

Só assim no fim da noite, antes de dormir
sinto que a sua visita não fostes em vão
mudou meu dia, pegadas pelo chão
fotos reveladas no papel degradê
canções de ninar para ouvir e
logo entregar-me ao sonho de você.

Diego Anderson M'M'

3 de setembro de 2012

Veleja amor


Vai e volta aleatoriamente
Muitas partidas, adeus
rostos diferentes
feito estrelas cadentes
e um beijo que se perdeu.

Sempre que vem se vai
as vezes sem hora
manchada a aurora
pela lágrima que cai.

Ó querido
porque tantas partidas?
me deixas assim perdido
a cada novo cupido
a cada  velha despedida.

Mesmo sentimento
posso sentir ...
Em recipientes particulares
são os homens os receptáculos
vasos de amor transbordados.
amados, porém transtornados.

Partindo novamente em vela
sumindo no horizonte longínquo
deixando apenas a visão do mar
o som das ondas em pedras,
a luz do farol que espera a próxima
oportunidade de amar.

Vai e volta marinheiro
vai pescar o meu amor
traz-me o que antes levou
espero, mas não demora, por favor.

Diego Anderson M'M'

1 de setembro de 2012

L.M.D.


Ele tem um olhar
daqueles sonhadores
atitude, caráter, valores.
Tens um olhar janela
daqueles sedutores
lhe convida para entrar
apenas com uma piscadela
adentrar em seus amores.
Tanto sentimento
por vezes retido
onde não encontrastes
alguém que possa entendê-lo
dividir tais momentos
contrastes, quebrar esse gelo.
Porém segue com sonho de menino
passos de homem e asas de anjo
procurando em alguém um coração
amado, que dele possa ser inquilino
deitar-se por sobre sem preocupação
forma-se o laço e sem rearranjo. (Pois que seja para sempre, nem que o sempre dure alguns segundos, mas que seja um sempre verdadeiro, do que um nunca de mentirinha)

Diego Anderson M'M'

para o querido amigo Luan Mariano Duarte.

28 de agosto de 2012

Carta de Valerie no filme V de Vingança





"Sei que não há como convencê-la de que isto não é um truque mas não faz mal. Sou eu. Meu nome é Valerie. Não creio que viverei muito tempo e quero falar sobre a minha vida. Esta é a única biografia que eu vou escrever e faço isso em papel higiênico. Nasci em Nottingham, em 1985. Não me lembro muito da infância, mas eu me lembro da chuva. Minha avó tinha uma fazenda e ela dizia que Deus estava na chuva. Fui aprovada no exame para o curso secundário. Na escola, conheci minha primeira namorada. Seu nome era Sarah. Foram seus pulsos. Eles eram lindos. Achei que nos amaríamos para sempre. O professor dizia que era uma fase da adolescência que superaríamos. A Sarah superou. Eu não superei. Em 2002, eu me apaixonei por uma garota chamada Christina. Naquele ano, contei aos meu pais. Não poderia ter feito isso sem a Chris segurando minha mão. Meu pai não olhou para mim. Disse-me para ir embora e nunca mais voltar. Minha mãe não falou nada. Mas eu só contei a verdade a eles. Isso foi egoísmo demais? Nossa integridade vale tão pouco, mas é tudo o que temos. É o mais importante em nós. Mantendo nossa integridade, somos livres. Sempre soube o que queria da vida. Em 2015, eu estrelei meu primeiro filme, As Dunas de Sal. Foi o papel mais importante da minha vida, não pela carreira, mas porque assim conheci a Ruth. Na primeira vez em que nos beijamos, eu soube que nunca mais iria querer beijar outros lábios. Nós nos mudamos para um apartamento em Londres. Ela plantou Scarlet Carsons para mim na janela e nosso apartamento sempre cheirava a rosas. Foram os melhores anos da minha vida. Mas a guerra dos EUA foi piorando e, no fim, chegou a Londres. Depois disso, não havia mais rosas... Não para todos. O significado das palavras começou a mudar. Palavras como "colateral" e "rendição" inspiravam medo... Enquanto ganhavam força "Nórdica Chama" e "Artigos de Submissão". Lembro-me de como "diferente" virou "perigoso". Ainda não entendo por que nos odeiam tanto. Eles levaram a Ruth enquanto ela comprava comida. Nunca chorei tanto na minha vida. Não demorou para virem me buscar. Parece estranho terminar a vida em um lugar tão horrível... Mas durante três anos eu tive rosas e não pedi desculpas a ninguém. Eu morrerei aqui. Cada pedacinho do meu ser perecerá. Cada pedacinho... Menos um. O da integridade. É pequeno e frágil... E é a única coisa que vale a pena ter. Nós jamais devemos perdê-lo. Nem deixar que o tomem de nós. Espero que, quem quer que você seja, escape daqui. Espero que o mundo mude e a vida fique melhor. Mas o que mais quero é que entenda a minha mensagem...Quando falo que mesmo sem conhecer você... E mesmo que talvez jamais conheça você... Ria com você, chore com você... Ou beije você... Eu amo você. De todo o coração... Eu amo você.
Valerie"

27 de agosto de 2012

Fases


1ª fase: o primeiro contato, é nesse momento, notem, que a vítima é alvejada por tiros de sedução a atração incontrolável logo a primeira vista. Percebam a dilatação no olhar, o aumento da taxa cardíaca, a sudorese, e a leve sensação de formigamento quando colocamos os dois seres próximos.

2ª fase: O reconhecimento, o flerte. Percebam aqui como as espécimes são cautelosas no que tratamos como "decifrando o alvo do romance", sim queridos alunos, nessa fase há a proximidade mais aprofundada, cheiros e hormônios são de extrema importância nessa etapa. Algumas espécimes no entanto pulam essa fase e partem logo para uma tentativa de acasalamento, em casos assim geralmente este se torna o último estágio do relacionamento.

3ª fase: A conciliação psicológica, iniciam-se aqui os dilemas existenciais, o encaixe, note como a cobaia tenta adaptar-se ao parceiro e vice-versa, introduzindo-o nos seus costumes e círculos sociais. Essa etapa geralmente é uma das mais sensíveis.

Agora com poucas cobaias em estudo ainda podemos seguir para as próximas fases.

4ª fase: Conflitos internos, ainda de causas e efeitos diversos, em anos de estudo notamos que em determinado momento os egos dos indivíduos surtam, uns simplesmente se perdem no caminho, outros querem forçar caminhos diversos, e geralmente esquecem-se que aqui é uma estrada de mãos dadas. Nessa etapa podemos observar claramente conflitos físicos e verbais. Com posterior término de envolvimento.

5ª fase: Uma fase bastante rara, que só conseguimos a produzir em laboratório sob circunstâncias de temperatura e pressão ideais, seria a fase do "finalmente felizes para sempre". Dizem por aí que essa mesma fase também foi concretizada por outros estudiosos, hoje conhecidos como escritores, em suas teses, também denominadas de contos de fadas.

Bem pessoal, por hoje é só, amanhã estudaremos o sexo e suas particularidades, o que hoje em dia é bem mais fácil, visto sua popularidade.

Diego Anderson M'M'

25 de agosto de 2012

À nós


Me peguei pensando em você
Nessa escolha inadiável
eu ou você? Ter ou perder...
A verdade, não há esta opção
a única que me resta
e que realmente quero
é aquele "nós" no fim das contas.

Diego Anderson M'M'

Para um lugar longe de te querer.



Quero ir embora
para algum lugar
que não seja este.
Sim, e rápido, agora
sem pestanejar
Norte, sul, leste, oeste
Escolha uma direção
não fico mais um minuto
sequer nesse chão.

E não tentes me seguir
se o fizer
tudo será em vão
a verdade é que longe
quero está de você
para assim te perder
de vez, sem gradação
que seja um estalar de dedos
engolindo os medos e anseios.

Distante de seu olhar
imune ao seu cheiro
amante, sedutor
reconstruirei-me alicerces
que fui um dia
antes de você desabar-me

Por fim quero mesmo ir embora
Mas sei que será difícil
pois sejam metros ou quilômetros
ontem, hoje ou outrora
meu coração sempre estará comigo
e é la que reside sua morada
de ti tão sofrida, de ti tão amada
seguirei nessa caminhada até o derradeiro passo
Até a última desilusão, que se desfaça esse laço
que o destino fez-se paixão, e você em mim solidão.

Diego Anderson M'M'

22 de agosto de 2012

Para me conquistar... Mas se já conquistou.



Convide-me para um jantar, não precisa ser no restaurante mais chique da cidade, ou tão pouco no topo daquele morro a luz do luar. Pode ser no chão da sua sala, com uma vela, duas rosas, um música que você sabe que eu gosto, um vinho e teu cheiro.
Não precisa presentear-me com toda a coleção de Edgar Allan Poe ou Drummond, experimente declamar-me uma poesia minha para mim mesmo, e vejas o quanto eu ficarei surpreso. Não precisas encher meu e-mail com fotos, gifs ou links românticos, tente escrever-me uma carta, ponha seus mais sinceros sentimentos com sua letra, e verás que isso tens extrema importância para mim. Não precisa levar-me para os shows mais aclamados, pegue um violão e cante aquela música que faz-me lembrar nós dois. Não há necessidade de me acordar deitado na mais confortável cama, basta que acordes ao meu lado. Não precisas jurar-me a cada segundo amor eterno, apenas me ame. Saibas que a cada segundo te amarei eternamente, nessa contradição, do sim e do não. Entre beijos e lampejos, lembranças e esperanças, suas feições não saem da minha mente, seu cheiro gruda no meu pescoço, seu sorriso me persegue a todo momento pelos outdoors da cidade, e sua voz... ah sua voz, basta com que feche os olhos para recordar-me de ti falando baixinho no meu ouvido antes que eu dormisse: Te amo viu meu anjo.

Diego Anderson M'M'

Diálogo


- Hoje queria escrever para você ....
- Aim, escreve e depois me mostra?
- Não.
- Porquê? Eu queria ver poxa...
- Mas não tem com ver algo que não existe.
- Você não irá escrever? É isso?
- É.
- Desistiu porquê?
- Porquê o que quero escrever para ti não há folha que suporte ou palavras que definam... talvez se a caneta fosse uma boca e o papel o teu corpo, eu poderia tentar expressar 1% do que sinto por você....


Diego Anderson M'M'

De seus lábios


O beijo seu?
Não apenas seria um beijo
Meu rosto no teu
Aos seus lábios tocar
Sereno como um luar
És agora tudo que vejo
Num sonho, o que mais almejo.

Penso nesse momento
único, lindo, indescritível
Em minha mente invento
essa ideia de um caso impossível
Mas talvez um dia, no decorrer do tempo
o sonho torna-se visível
por hoje, me resta o lamento.

Seu olhar no meu
hipnotizante, vivo, sincero
uma visão que na cinza
se perdeu
Porém pacientemente espero
Pois enquanto houver tinta
Te prometo, escreverei com esmero.


Diego Anderson M'M'

20 de agosto de 2012

Desabafo

Sinto pena de como as coisas estão, entristece-me tantas cenas que tornaram-se rotina, cotidiano, simplesmente por causa do conformismo, e dentre algumas dessas eu mesmo sinto-me cúmplice por calar-me diante tais atrocidades. De longe o que mais me desanima é a forma como relacionamentos são tratados. Todo mundo diz-se maduro, mas quem usa? Todo mundo diz-se sozinho, mas quem se abre a novas experiências? Todo mundo procura algo concreto e verdadeiro, mas quem se dispõe a entender que isso se constrói de ambas as direções? No fim das contas todo mundo procura um conto de fadas, mas esquece-se de atentar para o fato que contos de fadas começam com "Era um vez" e "era" é passado, tente virar seu rosto para o presente, a realidade agradece.



Diego Anderson M'M'

De lembranças e sonhos.



Tive um sonho, e você estava nele ... Isso me incomodou, não falei contigo um "oi" sequer, não merecia tamanha consideração da minha parte, na verdade você não merecia sequer ainda aparecer nos meus sonhos, e este só não se tornou um pesadelo, porque eu podia voar, voava, arrancava pedaços de nuvens e presenteava pessoas que eu amava quando descia daquele céu tão azulado e lotado de algodão. Ao acordar percebi que infelizmente você permanecerá em alguns momentos, visto essa minha memória sequelada, mas notei também que seguindo os bons momentos, sorrindo com as pessoas certas e distribuindo para essas as melhores partes de mim posso ser feliz e ter todo um horizonte na minha frente para voar.

Diego Anderson M'M'

12 de agosto de 2012

Beija-me

 Porque as pessoas fecham os olhos quando beijam? Pelo menos a maioria delas tem esse costume .. você, você sabe porque faz isso?


Não trata-se apenas de um costume ou gesto
uma expressão reflexa de afeto
o mundo se perde ao encontro
dos lábios teus, molhados
o cheiro de sua pele, teu corpo ao meu
Fecho os olhos para deixar fluir
da forma mais sublime possível
sentimento corre, deixa ir e vir
possuir, adentrar, alojar-me em ti
desprender-me dessa existência
flutuar por sobre a realidade
esquecer mentiras e verdades
e apenas beijar-te, perder-me no encontro dos lábios teus...



Diego Anderson M'M'

8 de agosto de 2012

Uma olhar, uma janela, um descanso.


Entra, espera um momento
Deixe-me vê-lo bem
analisá-lo por demais do além
Yago Sërpa
silêncio, rapaz barulhento.

Pare, reflita só um segundo
pense como poderia ter sido
se realmente tivesse vivido
mergulhado sem medo
no poço profundo
do seu mais secreto desejo.

Adentre mais um pouco, perfure sua essência
mas para não enlouquecer tome cuidado
perdido em suas ilusões, algemado, encurralado.

Não detenha-se a uma mera aparência
visto tão abrangente visão, missão, sobreposição
de um ser que não possui tantas certezas
face as mentiras e verdades relativas
daqueles mares agitados, violentas correntezas
molhadas de lágrimas e premissas.

Tome-me de estadia por enquanto
envolva-te neste brando manto
que posso lhe oferecer
até o dia seguinte alvorecer

Deixe-me cuidá-lo por enquanto que
as cores se foram, só restando preto e branco
nessa tela sem amor, apenas dor
acalme-se, confiei em mim
transpire não a esmo e
verás que o fim não é tão ruim
se enxergá-lo como um recomeço

Diego Anderson M'M'

29 de julho de 2012

Choices

Não seria diferente se a falta ou exagero de predisposição fossem culpa dos principais erros da minha vida. Erros inevitáveis, erros ligeiramente despercebidos no calor do momento, porém extremamente penosos quando se enxergar-os em amplo terreno de tempo. Em suma nem se trata tanto de arrependimento, mas e do "se", se não tivesse sido dessa forma, e se eu estivesse seguido pelo outro caminho? Fosse optando pelo instinto e coração ou como na maiorias das vezes seguindo a razão e bons costumes. Bem, tenho por mim hoje, que o "x" será marcado com mais frequência na opção "foda-se eu quero é amar" nos próximos porquês que me deparar. 

Diego Anderson M'M'

Desabafos

Eu sou uma mera ferramenta de minhas próprias inspirações. Um fantoche da fantasia que insiste materializar-se nessa dimensão tão machucada por atrozes. Talvez seja uma tentativa medíocre de amenizar essas dores, não as minhas dores, mas as dores de um mundo tão descrente de amor, cumplicidade. De fato, um escritor entra em contato com lugares, pessoas, momentos, sentimentos, e mesmo não querendo acaba por absorver sempre algo daquilo tudo, acumula, e em alguns momentos elas fogem pelas pontas do meus dedos, percorrem as silhuetas do Seu corpo e transformam-se em tantas letras, palavras e por fim frases entrelaçadas com objetivo incomum ou não, são loucuras ajuizadas e juízes desnorteados. Não há verdades ou mentiras, apenas há, na simples condição de existir, no simples conceito de pulsar.

Diego Anderson M'M'

28 de julho de 2012

Lápides ao tempo





O cheiro... Aquela sensação peculiar de conforto, seja talvez a única lembrança que ainda restou de você, tanto tempo depois da última vez, que o calendário nem se atreve mais a dedurar tal distância temporal. Te conheci por meados de 60 lembra, e antes disso nas duas grandes guerras, e ainda teve nosso breve amor em meio a correria da revolução Francesa, sem esquecer talvez da mais intensa inspirado pelos anos do iluminismo, a mais antiga então quando o Império Romano exibia sua ascensão, ou foi quando a escrita nos foi ensinada? Enfim, em todas essas encarnações o teu cheiro lhe dedurava. Aquele aroma com sabor de vício, com a delicadeza de me tocar, me envolver, me ludibriar, embriagar, perder-me em tais profundas loucuras, solturas, investiduras ... Você, ah somente você chegava pelo começo da tarde e ia embora a noitinha sem despedir-se, pois querendo ou não nos encontraríamos amanhã, mesmo que esse amanhã levasse um dia, semanas, meses ou anos, por mais décadas que fossem, sejam tantas vidas que eu percorra nesse chão, você sempre estará em meu caminho. Sejam tantas paixões intervenham nesse paraíso, você sempre será meu reservado amor invicto. Seja quanto tempo for, durar ou encerrar, estaremos de alguma forma enterrado-me e enterrando-te em detrimento do tão inevitável amando-nos.

Diego Anderson M'M'

26 de julho de 2012

O tempo




O tempo...
Passageiro, inevitável, o tempo me consome com uma fome voraz, e a cada momento que ele engole um pedacinho meu, eu em desespero inútil tento recuperar, e assim vou me desfazendo, continuamente sob o por do sol daquele fim de tarde nublado. Sim, nublado, mas o sol arriscou ainda alguns raios antes das cortinas se fecharem. Mas voltando a insaciedade do tempo, posso dizer que por muitas vezes fui vítima dessa sede, e ele me consumia assim quase que sempre, ao amanhecer já reclamava pelo seu café da manhã, me mordia, assim de leve... Ele não percebia, mas  retirava pedacinhos de mim insubstituíveis, e eu complacente deixava, deixava sabe... Porque para eu era como se me eternizasse dentro dele, e então nós juntos teríamos todo o tempo do mundo... Cego eu pensava assim, enquanto ele me segregava, me desfigurava dia após dia. Foi quando eu percebi, que mais valia para eu aproveitar o tempo que me era dado do que servi-lo de escravo, o tempo não me perdoava por nenhum erro, e olhe que ele vivia errando. O tempo me julgava a cada mero segundo como um carcereiro, prepotente, rigoroso. O tempo nunca me esperou para respirar, para me recuperar de um tombo, não, ele nem sequer olhava para trás. Nunca me deu a mão, nunca me levantou, continuava caminhando na frente e eu que me apressasse para acompanhá-lo. Um dia cansei, cansei de dramatizar esse papel de servo. Quando enxerguei isso? No dia em que enterrei o passado que o tempo fazia questão de esfregar-me no rosto, quando recusei o presente que o tempo me encaixava, e quando passei a arriscar o futuro que o tempo me apontava. Ah senhor Tempo, dizem que você tudo cura né? Mas nada mais justo do que curar aquilo que o senhor mesmo trata de magoar. Suas fases de passado, presente e futuro podem até ostentar a onisciência sobre minha vida, mas o detalhe que não percebeu ainda, é que a vida é minha. Por fim trate de manipular a vida de outro que da minha eu já sei bem como organizar os ponteiros desse relógio.



Diego Anderson M'M'

6 de julho de 2012

Adeus


Eu parti
parti pra bem longe
mas não pra nunca mais voltar


Eu parti
parti o sonho em dois
pois era necessário compartilhar

Você partiu
partiu meu coração em várias partes
difíceis de se encontrar e colar

Você partiu
partiu logo ao amanhecer
sem ao menos um adeus para acalentar


Diego Anderson M'M'

2 de julho de 2012

Canto de lágrimas



(ao amado, que tando amado, que tanto perdoado, que tanto pranto)

Fostes enquanto dava tempo
escapou por rápidos movimentos
deixando intermináveis lamentos
das lembranças dos momentos
de alegrias e tormentos
agora perdido aos quatro ventos.

Nossa história morta e enterrada
Meu amado ao atravessar a porta
um adeus, uma outra hora
um por fim na aurora
de dias que sorrisos tantos
e agora restam-me os prantos
e por meios enquanto
pulsar um único sentido
claro, doce, vívido
eu clamo, minto e mendigo
esse último amor, esse derradeiro canto.

Diego Anderson M'M'

13 de junho de 2012

Metade


Ando pela metade ultimante
metade de mim te deseja, a outra repudia
metade de mim ensolarado, a outra em lua
metade de mim segredo, a outra pele nua
metade de mim lacrimejava, a outra sorria.

E quando cansar de ser metade
volto a integridade
de não ser completamente certeza,
pois você permanece nessa vontade,
nessa audácia e me esquarteja...
Então eu sigo, continuo,
nessa minha história de metade...
metade lucidez, metade insanidade.

Diego Anderson M'M'

6 de junho de 2012

Curto, mas prolongado


Sim, talvez nós somos exigentes
mas não peço nada mais
do que possas oferecer
Entretanto quero por completo
que se faça o elo
entrelaçando nossas mentes
Do nascer ao anoitecer.

Não precisa ser eterno
Nem que efêmero sejas
Porém que pulse verdadeiro
repito, e por inteiro
fiel companheiro
ao fim tudo que almejas.












Diego Anderson M'M'

Lembrança incolor


Estava a toa por aí
quando me deparei com você
e logo me consumiu, invadiu
de supetão, sem "com licença" pedir
uma vontade de te querer.


Sem perder tempo mergulhei
grudei em ti, parafraseei e tatuei
segredos em sua pele
e cada centímetro seu me impele.

Mas ao bater das asas, borboletas sensíveis
com o tempo esse sentimento
se transformou em transtorno, tormento
lágrimas perdidas e fotos invisíveis.

Você me seduziu e depois repeliu
mastigou todo esse amor
vorazmente, sem nenhum pudor...

Oh arrependimento se matasse
eu estaria enterrado
a essa ilusão, fardado...
tão que fui cegado
manipulado
pelo simples fato que amei
pelo simples tato que provei
pelo simples beijo que roubei
pela minha vida, que a ti, troquei ...

Sumiu como alvorada
soou como trovoadas
de tu não guardo mais nada
a não ser a lembrança incolor
de tanta dor.

Diego Anderson M'M'

23 de maio de 2012

Saudade a cada segundo.


Uma inspiração está para mim
como a faísca está para a fogo
eu estou incondicionalmente para ti
assim como os dados para o jogo.

Tantos sentimentos despertas em mim
certezas, dúvidas, não, talvez, sim
O tempo se esvai como vento
que não me contento em nenhum momento
com essa distância, essa ausência.

Sinto saudade de você a partir do primeiro segundo
da nossa despedida, no nosso último beijo
por isso, conto as horas, engulo a seco o desejo
de construir em ti, em mim, em nós, nosso próprio mundo.

Diego Anderson M'M'

16 de maio de 2012

Te quero.


Não preciso de muitas coisas de ti,
só preciso de ti, assim de fato, pra mim já é muita coisa...
Puramente ti, completamente ti, dosagens sem moderação de ti...
Mas o garçom comentou que você estava em falta, porque todos lhe secaram até a última gota ... me ofereceu uma outra barata, depois um outro importado...
Mas quer saber, fui embora naquela noite bêbado de lucidez ... Pois se não for você quem me deixa louco, embriagado de tesão e com vontade de correr pra cama, então não precisa que seja outro, que provavelmente só me dará uma bela dor de cabeça, ressaca e vômitos em plena madrugada ...



Diego Anderson M'M'

13 de maio de 2012

Pensando em ti essa noite...


Eu pensei que jamais conseguiria escrever algo que realmente representasse o que me faz sentir... que não haveriam pincéis com tinta suficiente e nem papel tão digno, quanto mais palavras que tivessem essa força... foi quando eu descobri que quando estamos juntos o silêncio nos dá a inspiração e nossos dedos, olhos e linguas escrevem por todo o nosso corpo.



Diego Anderson M'M'

21 de abril de 2012

Medo

Sentimento impermeável
de razão invasivas
que lhe dilacera a alma
palpita exposição inegável
Explosões de mil ogivas.

rasga-lhe a pele e apela
sufoca, reprime, assusta
medo, sensação de imperfeito
fraco, sujo, tremulante sujeito
preto e branco, muda aquarela.

Medo que lhe imprime
todos os seus defeitos
no papel de culpado
julgando por todos os efeitos
seu mais sigiloso crime.

Medo que mesmo
rápido e ligeiro
permuta sensação
de angustia
solidão, medo.

Medo que destrói
e fortifica suas muralhas
limita-lhe e incentiva
a percorrer novas estradas.

Medo, medo, medo
de todos os mais sincero
a todos os mais perverso
em todos, o mais profundo segredo.

E você de quê tem medo?

Diego Anderson M'M'

Melodia


Apostei em você todas as fichas
e entre idas e vindas
nos perdíamos nas entrelinhas
de um amor intimista.

Mais do que foi, impossível
Menos do que deveria ter sido
Pois talvez tenha-se perdido
vagamente no futuro invisível.

De ti guardo o melhor
marcas do pior
lágrimas e risos
sonhos e resquícios.




Diego Anderson M'M'

16 de abril de 2012

Aluga-se

Sia - I'm in here


Procura-se garoto afim de dividir um coração, preço a discutir. Amplo espaço, no qual terá sempre sua privacidade e liberdade em meio a momentos de aconchego e tranquilidade. Vista para o mar, vista para o céu, vista para o lar, vista talvez para o léu, vista para horizontes jamais vistos ou desbravados, dos quais eu te arrastarei sem medo de voltar. Mobiliado com experiências, risos e lágrimas. Construído com paredes firmes, porém são estas mesmas que sustentam delicados quadros e janelas de vidro, então tome cuidado. Vizinhança tranquila, a direita e a esquerda dois braços que farão questão de lhe abraçar todos os dias, na rua de baixo pernas que lhe apoiarão sempre que necessário, subindo um pouco pelo beco tens uma cabeça que pensa em ti, que olha para ti, que te ouve, e que te respira como se fosse a única razão, apenas a única razão, já o vizinho da frente, ele já é um pouco mais emotivo, um peito que bate, que fica nervoso ao te ver pois anseia sempre aproximar-se de você e permanecer ali sabe... O preço é negociável, desde que trate bem o local, o deixe livre de terceiros habitantes, farras, nem sujeirinhas inconvenientes. A única exigência sindical é que cuide do coração como se fosse não apenas seu, e sim como se fosse nosso, sinta-o como seu lar, seu ninho, seu conforto, pois é assim que este coração aqui realmente quer ser. Interessado, entre em contato.


Diego Anderson M'M'

3 de abril de 2012

Respingo de sol






Diante tanto desejo
perdido no sabor de teu beijo
salivando em verdade
hoje não sei mais ser metade
te tanto que me entreguei por inteiro
sorriso solto, sonho louco, coração aberto
é difícil aprender sem você a ser completo.

Não quero apenas pele, quero essência
não procuro mais verdades, ou um olhar torto
também não te peço vaidades nesse poema morto
almejo apenas um pouco mais de decência.

Pois em tudo que vejo, em cada desejo
o que perdura e mais importante
para que um romance siga adiante
é mais que um "te amo" corriqueiro.



Diego Anderson M'M'

25 de março de 2012

Pensando em sonhos ....



Sonhos, onde a liberdade se faz totalmente presente ...
E de todos os meus sonhos, destacam-se alguns, sabe. Sim, dentre amores, desejos, anseios e medos.
Nos meus sonhos eu te encontro, pois não lhe tenho todo dia. Nos meus sonhos eu posso voar até você, posso te carregar nos meus braços até as nuvens, posso te beijar por inteiro, posso repetidas vezes me apaixonar pelo teu sorriso, me deliciar com teus olhares... Sim, em meus sonhos posso ser quem eu quiser, e o que eu mais quero é ser nós dois...
Te encontrei... "leve-me para casa essa noite" ...

Em meio a essa rotina
por detrás desta cortina
esconde-se um motivo
como segredo de menina.

Em letras e riscos vivo
sons e palavras emito
esperando cessar essa neblina
e libertar meu espírito.

Chegará o dia que tudo estará curado. A tempestade até já passou, sim, dois anos de trovões, lampejos e lágrimas escondidas dentro do peito, provocando aquele aperto, desejo, esperança. O campo está florido agora, mais ainda um pouco molhado pela chuva, e o cheiro ainda me faz lembrar você, mas um novo sol vem surgindo no horizonte, secando as últimas gotas e dando início a essa primavera, marcando o começo do novo ciclo, expandindo esse horizonte, refletindo o brilho dos meus olhos, invadindo meu peito e me aquecendo. Eu te procurei tanto, que parece até conto de fadas, fico me perguntando então se no fim daquele arco-iris ao fundo tem aquele pote de ouro... Mas não vou arriscar, vamos voando mesmo, juntos, pois desde que nossos corações bateram na mesma sintonia, eu posso escutá-lo toda noite ao deitar no meu travesseiro... Te cuida e boa noite.

Diego Anderson M'M'

21 de março de 2012

"Me aqueça e me respire"




Olhando certa vez essas fotos
revivendo momentos mortos
sorrisos desfeitos, amores imperfeitos.

Praticamente um filme gravado
na minha mente imortalizado
lábios meigos, olhos negros.

As deixo pelo chão
e miro o horizonte em vão
pela janela, voo de um pássaro
livre, voe pássaro, voe para longe
percorra esse céu, suma detrás do monte
Em mim resta essa linha a percorrer
tamanho papel tão áspero, como um pássaro.


Diego Anderson M'M'

10 de março de 2012

Você em mim, eu em você, "nós" ao redor.

A parte boa é que no meio de tantos pedaços
cacos de vidros, estilhaços e trapos
Você está aqui, ao meu lado
disposto a colar, remontar e edificar
tudo aquilo que um dia foram sorrisos
tais como os cantos perdidos
de aves, passarinho
nós dois a esquentar nosso ninho.

Nosso lar, nosso amor,
infinito, mas jamais indolor...
Pois das dores que sentimos
retiramos assim a certeza
de que não viveríamos um minuto sequer
ou vários momentos quaisquer
sem estarmos juntos em nossa Fortaleza.


Você me torna alguém melhor e mais feliz a cada dia viu, te amo...

Diego Anderson M'M'

14 de fevereiro de 2012

A ti, o desejo escrito. Parte I

Não implorarei a ti por verdades
se em mim semeares sinceridade
Não acusarei de falsidade
a ti com tanta impiedade
se fores não somente aquilo
que almejo, algo não perdido
ilusório, como imagem em azulejos
Não te peço eternidade
Nem que seja fugaz como lampejos
mas que por mim seja inteiro
pleno, vívido, livre de algum terceiro
ou talvez um empecilho,
não te quero apenas
como viajante, amigo ou filho
Pois assim como vislumbra o diamante
te desejo, oh! como desejo, meu amante.


Diego Anderson M'M'

2 de fevereiro de 2012

A ti, me encontro...

Tênue demais essa linha
que remete ao distante
que nos mantem longe
meu querido, meu amante
longe assim, tua boca da minha
caçando, perseguindo o quando e onde.

Não por muito tempo eu sei
contam-se os dias, hora após hora
para cada momento futuro, uma alegria
para cada despedida, uma nostalgia
para cada certeza: um agora.

Aos passos lentos, sapateados
dançando ao som do tempo
sigo na penumbra, em permeados
esperando a ti, e penso.

O quão bom poderia ser
dedilhar seu corpo, te merecer
lentamente dormir e sonhar ao teu lado
me suspender nas alturas
suspirando, sussurrando: meu amado
me perder em suas curvas
me afogar nesse teu olhar
olhar grande, profundo
me faz esquecer, pairar sobre o ar
preenchendo todo o meu mundo.

Encravado firme no meu peito
pulsando por ti, e por ti somente
desde que plantou aqui essa semente
deu vida ao meu coração com seu jeito.

Por ti me decido
a ti, eu escolho
contigo não estou perdido
assustado, tão pouco
Pois me transmiti segurança
uma sinceridade de criança
pitadas de sedução
doses de paixão.

Embriagado, a ti me entrego
não importa o orgulho, nem o ego.
Desde que, hoje esteja ao teu lado
Todo o resto será apenas passado.





Diego Anderson M'M'

20 de janeiro de 2012

De pele pra pele. Meu eu e meu ele.

Procura-se inspiração
uma faísca que seja
circundam-me em lentidão
você teve de mim
aquilo que merecia
por mais que não o suficiente
pare e perceba, note, veja
mergulhe um pouco em sua mente
desbrave seus segredos mais tardios
revele seus pensamentos mais vadios
encare-os, reflita-os, e se precisar, derrote-os


Não julgue-me pelo seu erro
não se perca em suas atitudes
daquele sombrio enterro
restam nossas flores em miúdes


Uma, duas, até mais doses
todos choram nossas mortes
Num tempo que amar era pecado
eu te levantei, te proclamei meu amado
para que todos escutassem.


Se não era o certo, talvez o errado
se não fosse o momento, talvez o inesperado
tão quanto te amei, me amaste
tão quanto te odiei, me odiaste
tão quanto somente fui teu
tão quanto somente foi meu
de todos que pude sentir, provar
você foi o mais doce sabor
sentido, fluído, livre a voar.






Entrelaçava-me em seus braços
Perdia-me em nossos amassos
Encontrava-me nos acasos
de um amor inconstante
inflamável, imperdoável
sufocante, penetrante
insolente, ardente
preso nas vertentes
de passados e presentes
onde o futuro se escondia
atrás da mentira mais escorregadia.


Quanto tempo passei ao teu lado
Perseguindo uma ilusão passageira
escrevendo roteiros, trincando espelhos
Dúvidas surgiam a cada passo
prevendo aquele trágico fracasso
e um futuro costurado por besteiras.


Segue em mim a definição
da incerteza, do sim, do não
do concreto: o corpo, a carne, o resto
do surreal: o espírito, o ideal, o mito.


E do "eu te amo" tantas vezes pronunciado
sobraram as lágrimas, papéis amassados
fotos rasgadas, jogadas, perdidas
Você me disse: melhor assim, é apropriado
esquecer, tatuar no passado
como se nossas vidas
fossem apenas tintas
a marcar uma pele sofrida
uma pele que não esqueceu
de quando, por ti, era tocada
uma pele que sofreu
e que chora com sua partida
e que sorri com sua chegada.


Diego Anderson M'M'

18 de janeiro de 2012

Escolhas

Dizem que sou indeciso
que sou um libriano nato
Mas seu ponto me soa impreciso
Tenho minhas memórias e passado intacto
que comprovam, não só os "sim's" e "não's" que tomei
como devoram essa ideia que levei

O que é indecisão pra ti?


Escolhi nascer, também morrer
escolhi amigos, escolhi inimigos
escolhi amores e desamores
escolhi verdades e mentiras
escolhi alegrias e horrores
escolhi seguir adiante, fugir de casa
escolhi sair do armário, encarar o mundo
escolhi vestir minha próprias roupas
escolhi o toque de sua pele dentre tantas outras
escolhi olhares, sorrisos e pensamentos imundos
escolhi inocências, experiências
escolhi a cama, o drama
escolhi jogar, vencer ou perder
escolhi atuar ou despir
escolher enfrentar ou fugir



Escolhi viajar, escolhi meu ninho, meu porto seguro. Escolhi quem amar, diferenças e indiferenças. Escolhi escutar muitas vezes em vez de falar. Escolhi expor, impor e até mesmo supor que tudo daria certo e por isso escolhi o errado demasiadas vezes. Escolhi ser feliz e certas escolhas me fizeram infeliz.
Escolhi das várias escolhas aquelas que melhor me definiam no momento. E todas elas modelaram-me, tornando-me o que sou hoje.
Um aprendiz, um errante, aventureiro, teimoso, idealista, sentimental, apaziguador, filho, irmão, amigo, amante, platônico, bipolar, escritor...

Sou um pássaro, o ato
Sou o vento, o tempo
Sou palavras, falas
Ao fim, ao ascender da estrela da manhã
Sou o espelho no qual me vejo
Sou a realização dos meus desejos.

Diego Anderson M'M'

17 de janeiro de 2012

Inconstante de tu

Estremece meu coração e o silencia ao mesmo tempo
Motivo de meus risos e lágrimas
Acalma meus tormentos, dilacera minhas lástimas
Perfura-me com amor, me incendeia de paixão,
Por todo o caminho e todo o momento
Você me guia, sigo tua imagem na imensidão
Explode-me, me transborda de coragem
e me encolhe de medo de te perder
Pois és até a morte a minha única razão de viver.

Suspiros ...

Diego Anderson M'M'