14 de fevereiro de 2012

A ti, o desejo escrito. Parte I

Não implorarei a ti por verdades
se em mim semeares sinceridade
Não acusarei de falsidade
a ti com tanta impiedade
se fores não somente aquilo
que almejo, algo não perdido
ilusório, como imagem em azulejos
Não te peço eternidade
Nem que seja fugaz como lampejos
mas que por mim seja inteiro
pleno, vívido, livre de algum terceiro
ou talvez um empecilho,
não te quero apenas
como viajante, amigo ou filho
Pois assim como vislumbra o diamante
te desejo, oh! como desejo, meu amante.


Diego Anderson M'M'

2 de fevereiro de 2012

A ti, me encontro...

Tênue demais essa linha
que remete ao distante
que nos mantem longe
meu querido, meu amante
longe assim, tua boca da minha
caçando, perseguindo o quando e onde.

Não por muito tempo eu sei
contam-se os dias, hora após hora
para cada momento futuro, uma alegria
para cada despedida, uma nostalgia
para cada certeza: um agora.

Aos passos lentos, sapateados
dançando ao som do tempo
sigo na penumbra, em permeados
esperando a ti, e penso.

O quão bom poderia ser
dedilhar seu corpo, te merecer
lentamente dormir e sonhar ao teu lado
me suspender nas alturas
suspirando, sussurrando: meu amado
me perder em suas curvas
me afogar nesse teu olhar
olhar grande, profundo
me faz esquecer, pairar sobre o ar
preenchendo todo o meu mundo.

Encravado firme no meu peito
pulsando por ti, e por ti somente
desde que plantou aqui essa semente
deu vida ao meu coração com seu jeito.

Por ti me decido
a ti, eu escolho
contigo não estou perdido
assustado, tão pouco
Pois me transmiti segurança
uma sinceridade de criança
pitadas de sedução
doses de paixão.

Embriagado, a ti me entrego
não importa o orgulho, nem o ego.
Desde que, hoje esteja ao teu lado
Todo o resto será apenas passado.





Diego Anderson M'M'