26 de julho de 2010

Lembrar: verbo de um passado atrasado

Quando deitar antes de dormir lembre-se da sua vida
Lembre-se que um dia se passou
Lembre-se do perdão que você não deu
Lembre-se do amigo que você magoou
Lembre-se do “te amo” que você calou
Lembre-se do sorriso que você escondeu
Lembre-se do “talvez” que substituiu o “com certeza”
Lembre-se do pôr-do-sol que você não viu
Lembre-se do amor que você na expressou
Lembre-se da pessoa que você fingiu ser
Lembre-se de você, lembre-se do seu “eu”
Que você fez questão de esquecer!
Lembre-se do dia que você não viveu!
Lembre-se que o hoje foi o amanhã de ontem...
Lembre-se de tudo que você deixou pra amanhã...
Agora se lembre que seu último amanhã, poderá ter sido o hoje,
Que acabou de passar na sua vida.




Diego Anderson M. M.

20 de julho de 2010

Seu ser



Seu sexto sentido assegura a certeza cega, sequer sobrevive sem seguir um segredo, um sinal segregado e separado pelo sutil semblante de um simples senhor sábio, que sobe aos céus, seguido de seus semelhantes e sua é a seita mais séria e singular que existe sobre a cela de nossa significação. O sentimento é suposto por uma série de situações que surgem subitamente sob suas sombras escondidas e sujas de um surto insuportável e supérfluo. Sempre dizia que impossível é pensar em ser você mesmo, por causa dessa sociedade que esteriliza nossas emoções e pensamentos. Transformando-nos sem perceber em subordinados sociais, como um servo escravo, depois de um susto me resiste a um surdo e um cético, que não sirvo mais para o meu propósito e me sucumbisse num silêncio forçado, estrangulado e cedido, perdido. Sátiras têm seus suportes e santo será seu escolhido... Siga seu sim e solte sua voz, só você sofre em disseminar suas idéias, lembre-se que sozinho não é fácil, que a roseira é cheirosa e secretamente espinhosa... Não se submeta mais a símiles de seus senhores, pois só existe um senhor e ele espera seus filhos e supera os antes citados... Mas será útil e não avisará sua saída e chegada... Siga a sina da Vida...


Diego Anderson M. M.

16 de julho de 2010

Aos meus amigos

Complexo demais descrever tamanho significado: AMIZADE


mesmo longe de poder explicar uma ínfima porcentagem do que seria a amizade... me contive na seguinte analogia:

A Amizade é como uma árvore...


que bem cuidada... bons frutos pode gerar. Os ventos e as tormentas estão aí, mas uma árvore forte e bem nutrida resiste, como algo inabalável.
Pode lhe tirar os frutos, que sombra ela ainda fará...
Pode lhe tirar os ninhos, que pássaros ainda nela pousarão...
Pode lhe tirar as folhas, que de escora ela ainda servirá...
Pode cortar-lhe os galhos, que em longas chamas de calor queimarão...
Pode ainda, sem piedade, parti-lhe o tronco...     triste fim!
Lá ficará, como um toco, simples pedaço de madeira que nunca foi.
Em alguns tempos, a maldade nunca se satisfaz,
e pode ainda arrancar da terra aquela pobre árvore, mas ainda assim ela abrigará fungos e bichinhos.
Como se não bastasse, essa tal maldade, pode ainda decepar as raízes que na terra se escondiam...
Aí sim... esse mal acabou definitivamente com aquela árvore.....


Entretanto naquela terra, fica um buraco profundo que jamais, por nada, poderá ser preenchido.
Fica assim, também, no meu coração, um vazio que jamais deixará um amigo como você, por mim, ser esquecido.


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Vocês são aqueles que me fortalecem...
que me dão motivos pra sorrir...
Que compartilham meus momentos...
Que surgiram do nada, e pro nada jamais voltarão...


Amigos... "A família que Deus nos permiti escolher" ..




Diego Anderson M. M.

Inv3rsõ3s Inv3rtidAs




As certezas que me cercam me deixam confuso...
Como que uma diferente igualdade compreendia no mesmo fuso.

Os segredos que me revelam me mostram a veracidade...
As mentiras que me dizem me asseguram as verdades...
A cegueira me polpa da obscura e crua realidade...
O sol que se põe revela as negras cidades...
Os sentidos enganam-me...
Os mortos me negam aos vivos...
Os pensamentos me esclarecem...
As palavras mapeiam meus objetivos...
As tardes aos dias envelhecem...
Os filhos se arriscam de seus ninhos...
O errado me indica o correto...
Os finais me jogam os caminhos...
O distante me mostra o que esta perto e certo...
O sobrenatural me desperta o inimaginável...
O silêncio me soa, e ecoam os suspiros...
A escuridão me prende na luz interminável...
A busca pela identidade me obriga a ter estilos...
O som das folhas é soprado pelo suave vento...
As perguntas que me calam me dão as respostas...
A música me envolve num calmo sentimento...
A atualidade me condena às futuras revoltas...
O ódio me afasta da beleza do amor...
O passado me remete ao que será dito...
O imprevisível frio me priva do desejado calor...
A folha branca me prevê o texto escrito.

Diego Anderson M. M.

11 de julho de 2010

Adeus...

No meu rosto
Caia uma lágrima perdida.
E ainda sinto o amargo gosto
Daquela triste despedida.

Não há como responder
Ou pelo menos entender
Como tanto tempo dedicado
Pode ter, em instantes, evaporado.

Você dizia que me amava
E eu feliz da vida
Acreditava.
E agora, a mera partida.

Apenas um “não da mais certo entre a gente”
Saiu da boca antes beijada.
“não”, “não”, era difícil entrar na minha mente
Tais palavras vindas da minha amada.

Não me deu o direito
De saber por que, eu merecia?
No meio de tanto amor perfeito
Como é que aquilo do nada acontecia?

E ainda imóvel e assustado
Ela me deu as costas e sorriu
Permaneci lá, calado, sentado...
Perdido, ela partiu

Não sei como aconteceu,
Como começou.
Só sei que acabou.
E o sol se pondo, anoiteceu


Diego Anderson M.M.

10 de julho de 2010

Nós no fim das contas

Um amor preso no tempo, capaz de amar a tudo e a todos, se ao tempo preso não estivesse...

Você era meu porto seguro
Meu esplendoroso jardim
Minha rosa, meu lírio, meu jasmim...

Conheci-te numa tarde de verão, e no meio de tanta gente só tinha olhos para você. Hipnotizava-me com seu jeito meigo, seus cabelos loiros compridos, seu sorriso tímido e seu corpo delicado. Você lembra quando eu, todo desajeitado, perguntei que horas eram sem nem sequer ter reparado antes que você não tinha relógio... Mas um elo já existia entre a gente e você riu, como que eu tivesse perguntado de propósito. Lembra amor, naquele dia, no fim da tarde ficamos sentados na areia da praia, olhando o mar terminando no horizonte, conversando sobre fakes de Orkut, discutindo sobre Coca-cola ou Pepsi, da maresia, da beleza das ondas, do mar, do céu, de você... foi quando nos beijamos pela primeira vez. A partir de então não havia mais dúvida nenhuma que fomos feitos um para o outro.



Diego Anderson M.M.


Fim







Aquele não, amarga decisão,
Que me deixou
Numa perplexa confusão
De mim, se afastava sua mão.
Era o fim, o definitivo acabou.
A chama se apagou...

Agora sozinho, somente só,
Perdido no infinito ínfimo
De viver... A lembrar do pó que sobrou
Da lembrança que restou
Da vida que vivi
Do tempo que perdi
Do tanto que amei
Dos momentos que sofri
Só eu, só eu sei...

Agora o beijo está seco...
O céu está negro
E o poeta dorme cedo...
Pra esquecer, o quanto antes,
O amor dedicado a você,
Que será eternizado,
Mas não em mim...
Não mais
e sim nesse poema encerrado.




Diego Anderson M.M.

Amanhecer


foto: Diego Anderson
As perguntas que residem em mim
Calam-me todas as respostas
Como que um final sem fim
E um dia sem as horas...

Então me acho se perdendo
Perco-me procurando
O porquê eu não entendo
De estar sempre pensando

E se necessito de verdades incertas
E mentiras corretas para viver,
Eu minto que sinto e guardo que minto para esconder
As perguntas das quais nem eu mesmo consigo responder.

Diego Anderson M.M.