1 de fevereiro de 2013

Passarinho

Hoje ando passarinho sem pouso, sem ninho. Pra uns voando perdido, já para outros estou de caso com a liberdade, e ainda há aqueles que afirmam minha cumplicidade com a libertinagem vejam só! Bem, não me importo, não me importo ao certo. Bom mesmo é sentir o vento sob minha asas, rasgar os horizontes. O som do ar, a brisa do mar e as cores das nuvens quando tocadas pelo pôr-do-sol. Até agora não anoiteceu, nunca anoitece no meu mundo de passarinho, apenas chega a tarde e amanhece novamente. Quando a noite chegar será o aviso de que você chegou e reestruturou meu ninho, e me convida lá de baixo para deitar sobre seu peito, como minha mãe fazia em outrora, quando eu criança nova ficava até tarde (e naquela época tarde eram suas inocentes 19 horas) na rua. Um dia eu volto pro ninho, sei que volto ... ou não, talvez o ninho que antes era já não exista mais ... infelizmente não. 

Diego Anderson M'M'

4 comentários:

  1. Me identifiquei com o seu texto. Fala sobre ida e retorno, e isso é bem parecido comigo. Muito bom! :)

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  2. Que mesmo em bandos, se sentem sozinhos. :)

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    1. Algumas vezes o "ser sozinho" é necessário para se encontrar em si.

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Obrigado.. volte sempre que bater aquela saudade...