10 de novembro de 2014

De que sobrevive o amor, se não da sede insaciável de amar?
E de que sofre o amor, se não da mesma sede?
Percorre distâncias estrelares em um segundo
Embrulha todo o trato digestivo
Caça, coça, meia e volta, é instintivo.
Com quem joga o amor, se não com os amantes?
Que acham esses, os que amam, que detêm o amor. [O nosso amor]
O amor não é de ninguém.
Nesses dois corações o amor não se contém.
O amor extravasa as beiras
ele come, mastiga o que bem entender a sua maneira
E acima de tudo, ele não se importa com os outros sentimentos.
Tá nem aí se você tá sofrendo
O amor se acha o supremo... e pior, ele é.
O amor que rege as águas, que dita o choro, que ordena o gozo.
Ah amor, se eu tivesse que amar tudo novamente, eu amaria,
cada beijo, cada toque, cada lembrança, toda a nostalgia.
Esse amor que cambaleia, esse amor que tanta teologia.
Amor que se perde nas palavras não ditas e nas malditas.
Amor que se reencontra nos choques das peles estremecidas.
Que se renova nos abraços demorados
Que se propaga nos odores
Que se canta nos louvores
Que se viciam os namorados.

Amor, minha cruz, minha luz. Meu caminho incerto.
Minha janela aberta, minha ferida exposta.
Minha mais alta aposta
meu oásis nesse vasto deserto.

Diego Anderson M'M'

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