16 de julho de 2010

Inv3rsõ3s Inv3rtidAs




As certezas que me cercam me deixam confuso...
Como que uma diferente igualdade compreendia no mesmo fuso.

Os segredos que me revelam me mostram a veracidade...
As mentiras que me dizem me asseguram as verdades...
A cegueira me polpa da obscura e crua realidade...
O sol que se põe revela as negras cidades...
Os sentidos enganam-me...
Os mortos me negam aos vivos...
Os pensamentos me esclarecem...
As palavras mapeiam meus objetivos...
As tardes aos dias envelhecem...
Os filhos se arriscam de seus ninhos...
O errado me indica o correto...
Os finais me jogam os caminhos...
O distante me mostra o que esta perto e certo...
O sobrenatural me desperta o inimaginável...
O silêncio me soa, e ecoam os suspiros...
A escuridão me prende na luz interminável...
A busca pela identidade me obriga a ter estilos...
O som das folhas é soprado pelo suave vento...
As perguntas que me calam me dão as respostas...
A música me envolve num calmo sentimento...
A atualidade me condena às futuras revoltas...
O ódio me afasta da beleza do amor...
O passado me remete ao que será dito...
O imprevisível frio me priva do desejado calor...
A folha branca me prevê o texto escrito.

Diego Anderson M. M.

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