26 de agosto de 2011

Uma noite de vinho

Sábado pela manhã, ainda estou dormindo, sonhando não sei bem o quê... Sei que a luz do amanhecer começa a invadir o quarto pela janela entre aberta, mas ainda estou dormindo...
Aos poucos meus ouvidos são fisgados pelo cantar de alguns pássaros nos fios de energia, e logo em seguida o som dos carros e de mais um dia que se segue. Porém essa sexta foi diferente, eu fiquei com você...




Uma noite inteira de risos e carinhos, olhares sinceros, momentos de silêncio que valiam mais que um baralho de palavras pelo tapete daquela sala enorme. Terminei contigo na cama, nos beijamos, nos encaramos, derretemos no calor dos suspiros que escapavam pelos nossos lábios molhados, outrora quando não nos beijávamos. Foi intenso, foi carnal, e estava longe de ser superficial, algo tão forte e presencial. Você estava ali comigo, e me fazia questão de comprovar isso com cada toque, cada doce e leve mordida, nossos corpos se prendiam e desprendiam ao som dos trovões e tão rápido como os relâmpagos, eram flashes no escuro do quarto, e só quando a luz dos relâmpagos espiava pela janela que tornávamos visíveis, o amor em todas as suas formas tornavas-se notável, como fotos... e nossos sons ecoavam até a sala e eram escutados pelas taças de vinho em cima do centro, pela rosa ao lado delas...
E nossos sons continuavam sua trajetória até se perderem ao meio das notas de tango daquele CD que escutávamos à pouco tempo. Mas nos encontrávamos mais perdidos... Perdidos em um turbilhão de desejo, de sensualidade, de toques que arrancavam respirações mais profundas, de olhares que se encaravam com um único motivo. E em meio a todos aqueles movimentos, o tempo parou, os sentidos sumiram... ... ... Segundos que duraram segundos em câmera lenta, sentimos cada parte de nosso corpo gritar em chamas e arrepiar-se em nevascas ao mesmo tempo.
Aos poucos a calmaria foi deitando do nosso lado, o peito foi tomando seu ritmo, os olhos fecharam-se na esperança de reviver tais sensações, as mãos se entrelaçaram, os rostos de aproximaram, os lábios se encontraram sutilmente, e mesmo de olhos fechados, podíamos ver um ao outro, pois nada mais poderia negar que estávamos presente um pelo outro e pra sempre estaríamos... Sem palavras, nós dormimos.














Diego Anderson M'M'

Um comentário:

Obrigado.. volte sempre que bater aquela saudade...