Têm sido tempos difíceis. Nesses momentos eu gostaria de ter alguém pra abraçar e só ficar assim, juntinho, quietinho. Só isso, espantar meus medos e tudo mais com um abraço apertado, daqueles nos quais a gente afunda, se perde no tempo e espaço. Talvez seja pedir demais que alguém cuide de mim, talvez não. Afinal, para mim não custa nada dar um pouco de carinho e atenção para alguém que tanto me quer bem, que se preocupa comigo. Não lamento pelo que não mais será, mas por tudo que foi. Tudo que perdi, tudo que podia ter aproveitado e não dei o devido valor. Devia ter abraçado, beijado, rido, chorado, cantado, falado... Devia ter feito tudo ao dobro, ao triplo, quádroplo, quíntoplo, mas não fiz. Sempre digo que não me arrependo pelo que fiz, e sim pelo que não fiz. E bem, me arrependo por não ter sido suficiente, por ter deixado tudo acabar como acabou. Seguir em frente? Falta vontade. Afinal, de que adianta tudo que vou conquistar se não tenho ele para compartilhar? E mesmo que outros venham, nunca serão tanto quanto ele foi. Agora tudo que habita em mim é nada. Esse nada, esse vazio, me faz querer sumir para sempre, nunca mais falar com ninguém, ver ninguém; não comer, não falar, não acordar. Mas tem algo no meio desse nada, uma coisa que não sei bem o que é, que faz com que toda essa vontade de nunca mais ter vontade não me vença. E é por isso que continuo sem querer continuar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado.. volte sempre que bater aquela saudade...